1- Tipos de doador:
Existem dois tipos de doador de órgãos: o doador vivo (qualquer pessoa saudável que concorde com a retirada de órgãos múltiplos, desde que não haja prejuízos para sua saúde) e o doador cadáver (pacientes com morte cerebral -geralmente vítimas de traumatismo craniano ou derrame cerebral que mantém as funções vitais apenas com a ajuda de aparelhos). Independente do histórico médico, pessoas de todas as idades são potenciais doadores. A condição médica no momento da morte é o fator determinante para a doação ser feita.
2- Transpante x doação de órgãos:
A doação acontece quando há remoção de um órgão de doador morto ou vivo e o receptor tem pouquíssimo tempo de vida. Já o transplante é o ato de coletar o órgão, membro, tecido ou célula de um doador para que a função original seja restaurada no receptor. Os órgãos mais transplantados são pulmão, pâncreas, rim, fígado, intestino, estômago, medula óssea, ossos, pele, coração e córneas. Rins e medula óssea são os órgãos mais doados por vivos.
3- Metodologia e tempo:
Alguns órgãos devem ser retirados do doador antes da parada cardíaca e outros podem ser captados depois, mas em todos os casos o tempo é fator crucial. As córneas devem retiradas do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidas fora do corpo por até sete dias; coração e pulmão também devem ser captados antes da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por no máximo seis horas; os rins, quando doados por um cadáver, podem ser retirados até 30 minutos após a parada cardíaca e sobrevivem fora do corpo até 48 horas; fígado e pâncreas devem ser retirados antes da parada cardíaca e aguentam até 24 horas até serem implantados; ossos são captados até seis horas depois da parada cardíaca e podem ser transplantados até cinco anos depois.
4- Critérios da lista de espera:
Ordem cronológica e urgência nos transplantes são as únicas regras a serem seguidas pelos organizadores das listas de transplantes. Mas como toda regra tem sua exceção, a gravidade de algumas doenças de fígado e pacientes menores de 18 anos podem ter prioridade em alguns casos.
5- Filas:
Dados divulgados em 2003, afirmavam que seriam necessários 63 mil órgãos para acabar com a fila de transplantes no Brasil. Ainda de acordo com a pesquisa, os 31 mil pacientes com problemas renais eram os que encaravam a maior fila de espera. Em segundo lugar, estavam as 24 mil pessoas que precisavam de córneas. E, apesar do menor número de pacientes, quem esperava por mais tempo, cerca de três anos, eram as pessoas que precisavam de um fígado.
6- Aumento de doações:
Segundo o Sistema Nacional de Transplantes, de 2008 a 2013 o número de doadores efetivos de órgãos cresceu 90% no país, o que fez a fila de espera cair 42%. A meta do Ministério da Saúde era atingir a faixa de 16 doadores por milhão em 2017, que foi ultrapassada com mais de 3.000 doadores nesse ano.
7- Sangue:
Poucas pessoas sabem, mas a transfusão de sangue também é considerada transplante. Aliás, esse é o transplante mais comum no mundo. A transfusão é feita quando doador e receptor têm tipagem sanguínea igual ou compatível.
8- Fígado:
Apesar da longa espera, o transplante de fígado intervivos é relativamente comum. Isso porque este é o único órgão do corpo humano capaz de se regenerar. No doador, cerca de 75% de seus tecidos se renovam após a retirada de parte do órgão. Fora do corpo, o fígado aguenta até 24 horas.
9- 1 doador = 25 pessoas:
Se todos os órgãos de um doador com morte encefálica forem aproveitados, 25 pessoas são ajudadas.
10- Último ato:
Na China, prisioneiros condenados à morte são obrigados a doar seus órgãos.
Fonte: https://noticias.bol.uol.com.br/
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