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Antonio Lopes - Crônica 352 – Explicando a Psicanálise

Boa tarde, vi o registro de sua ligação no meu celular e estou retornando a chamada. Aqui é Antônio Lopes, psicanalista. “O quê? Psicanalista! Eu não liguei não! Eu não sou louca!” Numa roda social fui apresentado como psicanalista e saíram os comentários: “Cuidado com o que fala com ele, pois vai ler seu pensamento!” “Deixa eu aproveitar para lhe falar do meu marido, acho que ele está ficando louco... Esquizofrênico.” “Ah, você é daqueles que manda a gente tomar remédio e depois a gente fica como um zumbi!?” “Eu penso que minha irmã está com depressão, mas ela tem medo de ir ao médico e tomar esses remédios de tarja preta, que são muito fortes.” “Eu bem que gostaria de fazer terapia com um psicanalista, mas não posso me dar a esse luxo.” “Ah! Bem que meu marido precisa, ele está ficando meio louco.” “Eu penso que minha mulher me traiu!”

Assim são as manifestações das pessoas que desconhecem como lidar com as diversas situações emocionais provocadas pelas circunstâncias sociais, familiares e profissionais. Parece que fica mais fácil submeter-se a doutrinas que determinam condutas para reprimir o sentimento de culpa, de raiva, de paixão e dos vícios, mascarando a realidade interior. Muitos continuam prisioneiros das circunstâncias que os envolvem e não resolvem seus afetos prejudiciais, que são as fontes das neuroses angustiantes. A pessoa não consegue organizar a vida, se complica nos relacionamentos pessoais, profissionais e financeiros, tendo como resultado uma confusão interna que destrói o prazer de viver, culminando com a depressão e outras manifestações mentais que prejudicam a qualidade de vida.

A psicanálise é o método de psicoterapia da escuta onde não há julgamento, não há certo ou errado, sem nenhuma censura e tudo o que se fala é restrito a cada sessão de análise, com absoluta ética. Para o analista há um ser humano com toda a sua carga de emoções numa verdadeira ‘mochila da vida’, transbordando de sentimentos prejudiciais: raiva, culpa, medos, rejeição, paixão obsessiva e tantos outros que desestruturam a mente humana, que é invadida por um turbilhão de pensamentos. O psicanalista, com habilidade, estimula a fala e pontua para descobrir a causa das aflições humanas. Uma vez identificado o que realmente está produzindo o sofrimento, a pessoa poderá resolver o que fazer com os problemas que a transtorna e, então, alcançar a cura para a sua dor.

Buscar sua liberdade interior é liberar as potencialidades que estão submersas na alma, com capacidades desconhecidas e surpreendentes, as quais poderão trazer a harmonia necessária para uma existência saudável, com prosperidade. Para tanto, é necessário entender que cada um pode fazer suas escolhas e que é 100% humano.



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Diversos 24/05