Município aplicará o medicamento Palivizumabe para minimizar os riscos de doenças respiratórias em bebês prematuros e cardiopatas
A partir da próxima semana, a Secretaria Municipal de Saúde de Itajaí começará a aplicar Palivizumabe em bebês prematuros e cardiopatas de toda a região dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (AMFRI). A medicação tem um alto custo e é fornecida gratuitamente pelo Governo Federal para prevenir bronquiolites e pneumonias. A campanha de imunização com Palivizumabe ocorrerá duas vezes por mês, no período de março a agosto.
Itajaí é polo regional e referência na aplicação do medicamento há cinco anos. O Palivizumabe começará a ser aplicado nas crianças que possuem indicação médica, a partir do dia 13 de março, no Centro de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (CEPICS), localizado no Centro de Itajaí. Os profissionais do polo de aplicação também poderão administrar o medicamento nos hospitais, caso nasça algum bebê com necessidade nesse período.
A aplicação do medicamento Palivizumabe em bebês prematuros de alto risco, de 29 semanas a seis meses de idade, e em crianças menores de dois anos portadores de doenças cardíacas e displasia pulmonar, é uma das medidas mais eficazes para minimizar os riscos de doenças respiratórias.
"Com a aplicação da Palivizumabe, além de prevenir as pneumonias e as bronquites, há uma redução de 55% nas hospitalizações, também há um decréscimo no número de internações e da necessidade dessa criança ir para oxigenoterapia, além de contribuir na redução da taxa de mortalidade infantil na região”, explica a coordenadora do CEPICS, Leslie Kobarg Cercal Patrianova.
O remédio conta com um protocolo de uso para cada criança e o esquema medicamentoso completo, administrado em até cinco doses, a cada 30 dias, pode custar até R$ 25 mil.
Capacitação
Na semana passada, a Secretaria de Saúde promoveu uma capacitação para enfermeiros e técnicos de enfermagem dos 11 municípios da Foz do Rio Itajaí. De acordo com a coordenadora do CEPICS, o treinamento é fundamental para que os profissionais da região sejam orientados sobre as indicações da Palivizumabe, quais os critérios de identificação de um paciente que precisa do fármaco, para quais doenças ele é indicado, qual a faixa etária abrangida e o modo correto de aplicação.
“Os profissionais também foram orientados sobre as orientações que devem ser prestadas ao responsável pelo paciente, sobre os benefícios do produto, suas limitações e os cuidados a serem realizados na profilaxia de infecções respiratórias. Após a capacitação, cada município poderá fazer o acompanhamento adequado das crianças que receberem a medicação”, ressalta Leslie.
O que é a Palivizumabe?
A Palivizumabe é um fármaco, administrado no período em que há maior circulação do vírus sincicial respiratório (VSR). O medicamento estimula o sistema nervoso da criança a produzir anticorpos que neutralizam o vírus, inibindo a sua proliferação. A aplicação da Palivizumabe é a única forma disponível para prevenir casos graves de infecções respiratórias. Em 2017, 38 crianças da região da AMFRI foram imunizadas em Itajaí.
O Palivizumabe não é uma vacina, mas uma imunoglobulina – um tipo de anticorpo "pronto" que induz a imunização passiva específica contra o vírus sincicial respiratório. Elaborado por uma técnica de engenharia genética, o produto é seguro e não apresenta eventos adversos importantes, podendo ter apenas reações locais, raras, leves e transitórias.
Notícia retirada do site da Prefeitura Municipal de Itajaí
Créditos foto: Maikeli Alves
Notícias 07/03