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10 curiosidades sobre os barcos competidores da The Ocean Race

Na Vila da Regata também é possível conhecer a réplica de um veleiro da última edição do evento

Entre uma parada e outra da The Ocean Race, a casa dos velejadores é o barco. Para encarar esse desafio, é necessário muita resiliência e desapego. Isso porque os espaços em um veleiro são limitados e tudo é adaptado para garantir as condições de sobrevivência das equipes. Não há cozinha, banheiro, tampouco quartos no barco. Para que as pessoas possam entender um pouco sobre como é a dinâmica da vida em alto mar durante a corrida, na Vila da Regata de Itajaí há o Race Boat Experience, uma atração que exibe a réplica de barco da classe VO65 cortada ao meio. No local, o público pode conhecer o interior da embarcação, que foi usada na última regata, em 2018.


Nesta edição, as equipes que chegaram em Itajaí competem em veleiro da categoria IMOCA 60. São barcos mais tecnológicos e velozes, que chegam a atingir 70 quilômetros por hora e “voam” sobre a água graças aos foils laterais. Os veleiros IMOCA são um pouco menores que os VO65 usados anteriormente, com 60 pés (18,3 metros de comprimento) e construção em carbono. Em ambos veleiros a rotina durante a regata é praticamente a mesma, com adaptações e bem diferente das atividades diárias em terra.

Confira algumas curiosidades do dia a dia em alto mar:

1 – Extremamente pesado

Apenas o barco, sem considerar motor, painel de controle e quilha, pesa seis toneladas. Com todas as partes do veleiro, são 12 toneladas. Além disso, são necessários três tanques de água salgada para nivelar o peso do barco, de forma a não virar no mar. Por conta disso, diversos itens precisam ser deixados de fora.

2- Comida desidratada

Quanto menos peso, mais rápido o barco flutua, chegando a voar sobre a água. Para isso, são necessárias algumas escolhas, como não levar comida física. Isso mesmo, os velejadores se alimentam de comida desidratada, a mesma que os astronautas utilizam. São diversos sabores para escolher, tendo até mesmo estrogonofe.

3- Não tem cozinha
Não há espaço para cômodos convencionais como uma residência. A cozinha de um veleiro é, na verdade, uma pequena bancada com dois aquecedores para ferver a água e misturar com a comida desidratada, que é solúvel. Louças? Sem chance, nem haveria a possibilidade de lavar e guardar. Os velejadores comem na própria embalagem da comida em pó diluída.

4- Dessalinizador

Como os velejadores ficam diversos dias em alto mar e precisam diminuir o peso levado na viagem, não é possível levar água potável para beber. Por isso, eles utilizam um dessalinizador que extrai a água salgada do mar, filtra e transforma em água potável para consumo. O tanque consegue armazenar até 80 litros de água.

5- Sem contato com a família

Em alto mar a única forma de comunicação é através de satélite. Há um celular satélite, mas fica guardado em uma caixa para ser usado apenas em emergências. Já a outra conexão via satélite é através do rádio direto com a equipe organizadora da The Ocean Race. O rádio satélite pode ser apenas usado para falar com a equipe de terra, ou seja, os velejadores não podem falar com membros da família. É permitido levar celulares, mas dificilmente eles encontram sinal de telefone, apenas quando estão muito próximo da costa.

6- Resolver problemas

Cada barco conta com cinco tripulantes, sendo um capitão e um repórter a bordo. Devido à dificuldade de comunicação com a terra, é muito difícil solicitar qualquer tipo de ajuda, então os próprios velejadores precisam resolver problemas no barco. Sendo assim, cada tripulante tem uma especialidade que possa ajudar no barco, como mecânica e até mesmo primeiros socorros.

7- Banho e banheiro

Pela falta de espaço e economia de água, o banho não é possível durante a corrida. Cada velejador pode utilizar dois lenços umedecidos para sua higiene durante o dia, como um “banho a seco”. Embora o modelo disposto na Vila tenha uma espécie de vaso sanitário, o IMOCA não conta com o item.

8 – Dormir

Os velejadores também precisam descansar, por isso eles se dividem em turnos de quatro horas de sono. É necessário que três pessoas fiquem sempre acordadas para garantir a segurança de todos. Os barcos contam com beliches do lado interno, mas geralmente eles preferem dormir no compartimento onde guardam a vela, por ser mais confortável e seguro.

9 – Sustentabilidade

Todos os barcos da competição têm um aparelho que coleta dados dos oceanos para pesquisa posterior. Além disso, os velejadores largam boias em pontos específicos para coletar dados sobre a temperatura da água.

10 – Rituais de velejador

Na primeira viagem de um velejador, a equipe faz uma espécie de “batismo” na água. E quando um tripulante dá a volta ao mundo pela primeira vez, eles fazem uma tatuagem que representa este feito, como um símbolo.

Notícia retirada do site da Prefeitura Municipal de Itajaí
Créditos foto:




The Ocean Live Park Itajaí 19/04