Síndrome do  Olho Seco
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SÍNDROME DO OLHO SECO AFETA CERCA DE 24% DA POPULAÇÃO

SÍNDROME DO OLHO SECO AFETA CERCA DE 24% DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

Julho é o mês de prevenção à Saúde Ocular e é chamado também, entre os especialistas, de "Julho Turquesa" para conscientizar sobre os cuidados para evitar a Síndrome do  Olho Seco


Data: Julho, 2025 - Fique atento se você estiver sentindo ardência nos olhos, queimação, sensação de areia, vermelhidão e até irritação, o que acontece quando os olhos não produzem lágrimas suficientes ou produzem lágrimas de má qualidade, resultando em falta de lubrificação adequada na superfície ocular.  Essa condição é chamada de Síndrome do Olho Seco e é considerada extremamente comum, atingindo cerca de 14 a 52% da população mundial e,  no Brasil, a estimativa é de que acometa de 13 a 24% da população, segundo a Organização Mundial da Saúde  - OMS.

De acordo com o médico oftalmologista José Carlos Lorenzi Pereira, membro da Associação Brusquense de Medicina - ABM, a Síndrome do Olho Seco pode ter várias causas, geralmente divididas em duas categorias principais, como por diminuição de produção de lágrimas, que é quando as próprias glândulas lacrimais produzem pouco, por envelhecimento natural ou doenças autoimunes, uso de algumas medicações ou até mesmo por alterações hormonais. Outra causa comum da síndrome é a evaporação excessiva das lágrimas, como provocada por ambientes secos, ar-condicionado, excesso de tela de computador e uso de lente de contato por longos períodos, gerando em todos os casos desconforto e irritação.

O médico alerta para que o paciente fique atento ao momento ideal para procurar um oftalmologista, que pode variar, dependendo dos sintomas e da intensidade do desconforto.

"É importante ficar atento a alguns sinais que indicam que a síndrome do olho seco pode estar afetando a saúde ocular de forma significativa, como quando a gente tem sintomas persistentes ou frequentes, desconforto, ardência, sensação de areia por mais de uma semana, dificuldade na visão, visão embaçada, sensibilidade em excesso à luz, à fotofobia, dor ocular, sensação de corpo estranho, quando o colírio lubrificante não resolve ou quando o paciente tem histórico de doença autoimune e já faz acompanhamento. Nesses casos, é fundamental procurar um oftalmologista, porque o diagnóstico precoce é importante para evitar complicações, como danos à córnea ou até mesmo perda da visão", frisa.

TRATAMENTO
Conforme o oftalmologista José Carlos Lorenzi Pereira, embora a Síndrome do Olho Seco não tenha cura definitiva, poderá ser bem controlada com o tratamento adequado, que vai variar dependendo da causa e da gravidade dos sintomas, sendo personalizado pelo médico que acompanha o paciente. "O diagnóstico precoce e a implementação do tratamento correto são fundamentais para evitar complicações e melhorar a qualidade de vida. Ele pode ser feito com uso de colírios lubrificantes, géis locais e até mesmo uso de medicação via oral. Se você ou alguém próximo está com sintomas persistentes, não exite em procurar um oftalmologista para uma avaliação completa e um plano de tratamento adequado", detalha o especialista.

PREVENÇÃO
Algumas mudanças podem prevenir a Síndrome do Olho Seco e até outros problemas de visão, como piscar com frequência, hidratar o ambiente, descanso para os olhos, como uma regra que os médicos oftalmologistas costumam ensinar aos pacientes, que é " regra dos 20-20-20, ou seja, a cada 20 minutos olhar para algo a 20 metros de distância por 20 segundos", além disso usar proteção contra o sol, como óculos com proteção ultravioleta adequada para evitar danos na retina; evitar o tabagismo e  ter uma alimentação saudável, com alimentos ricos em ômega 3 e antioxidante para manter a saúde ocular em dia e preservada.

"Procurar sempre o seu oftalmologista de confiança é fundamental para prevenir, detectar e tratar problemas oculares precocemente. Um acompanhamento regular ajuda a manter a saúde visual em dia, evitando complicações graves e garantindo uma visão saudável por toda a vida", lembra o médico.

ALERTA SOBRE ESTÉTICA NOS OLHOS
Recentemente, observou-se um aumento na divulgação, em plataformas digitais e redes sociais, de casos de pacientes submetidos à cirurgia de pigmentação da córnea para alteração da cor dos olhos. O médico José Carlos Lorenzi Pereira alerta que, este procedimento apresenta riscos significativos e não é autorizado no Brasil.

"As principais complicações associadas incluem infecções oculares, lesões permanentes na córnea, potencial perda da visão devido à opacificação corneana, elevação da pressão intraocular, possibilidade de desenvolvimento de glaucoma, rejeição ao pigmento implantado, o que resulta em inflamação e desconforto. Diante disso, para fins estéticos, recomenda-se alternativas mais seguras, como o uso de lentes de contato coloridas, que não promovem uma alteração permanente e proporcionam um efeito visual similar", frisa o oftalmologista.

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Saúde 16/07