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Potencial da pesca artesanal catarinense é foco

Potencial da pesca artesanal catarinense é foco de pesquisadores
Projeto investiga valor nutricional e econômico do pescado e o impacto das mudanças climáticas sobre a produção

 

Pesquisadores da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) estão investigando o valor nutricional e econômico do pescado catarinense e o impacto das mudanças climáticas sobre a produção artesanal. O projeto “Alimentos Costeiros Importam” inclui a avaliação de peixes, moluscos e crustáceos e a criação de indicadores sobre a vulnerabilidade de 90 espécies encontradas no litoral do estado. A iniciativa é financiada pela Fapesc - Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina.

 

O projeto “Alimentos Costeiros Importam: O valor econômico e nutricional dos produtos da pesca artesanal em Santa Catarina e sua vulnerabilidade diante das mudanças climáticas” envolve a participação de 19 pesquisadores. Os especialistas estão divididos em equipes responsáveis pelo desempenho de atividades relacionadas às áreas de ciência de dados, vulnerabilidade climática, valor econômico, valor nutricional e comunicação.

 

Segundo o coordenador geral do projeto, professor Jose Angel Perez, o objetivo é construir o principal canal de informação econômica e nutricional sobre o pescado costeiro que é produzido por pescadores artesanais em Santa Catarina. Para isso, o projeto está utilizando levantamentos de bases de dados existentes sobre aspectos físicos, climáticos, estruturais e socioeconômicos de 35 municípios localizados na costa catarinense.

 

“Com os dados levantados pelo PMAP (Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira no Estado de Santa Catarina), a partir de 2016, foi constatado que a pesca artesanal catarinense é muito mais significativa, em termos de volume e variedade de espécies, do que se imaginava. Em cima disso, queremos compreender para onde vai toda essa produção e o quanto ela contribui efetivamente para a segurança alimentar e a economia da região costeira do Estado. Entendendo que a atividade do pescador e a disponibilidade das espécies são diretamente afetados pelas condições climáticas, também vamos construir indicadores para mostrar o grau de vulnerabilidade da produção de pescado nos municípios catarinenses.”, explicou Perez.

 

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A iniciativa é viabilizada pelo Lema - Laboratório de Estudos Marinhos Aplicados e o LOQ - Laboratório de Oceanografia Química. O projeto também é realizado com apoio do Laboratório de Instrumentação Analítica e está vinculado ao PMAP-SC, que fornece informações da atividade pesqueira, volumes desembarcados e áreas de pesca de 35 municípios costeiros do Estado.

 

Nesta fase inicial do projeto, o objetivo é descobrir o valor econômico e nutricional do pescado. Este processo é realizado por meio de pesquisas de campo nos municípios e de análises químicas das espécies capturadas na costa catarinense.

 

“Além de ser fonte de renda para as famílias que tiram o sustento da pesca, peixes, crustáceos e moluscos também fornecem lipídios, proteínas e micronutrientes importantes para suprir as necessidades nutricionais das populações costeiras. Estamos analisando essas e outras informações acerca das 90 espécies que são capturadas pelos pescadores artesanais ao longo do litoral catarinense”, complementa a pesquisadora Ana Paula Stein Santos.

 

Com base nos resultados alcançados nesta primeira fase, na próxima etapa os estudiosos pretendem estimar a vulnerabilidade às mudanças climáticas da produção de alimentos costeiros nos municípios. Para isso, os pesquisadores estão reunindo os dados relacionados à atividade pesqueira nos municípios, tais como atributos geográficos, geológicos, climáticos e socioeconômicos. Os pesquisadores, trabalharão na construção de dois índices de vulnerabilidade: um voltado às espécies e outro à atividade pesqueira de cada cidade.

 

Além disso, o grupo também dedica esforços para tornar público os resultados alcançados ao longo da execução do projeto. Em breve, os consumidores que desejam compreender melhor o valor nutricional do pescado que colocam no prato, bem como pesquisadores e profissionais interessados em aprofundar os conhecimentos sobre o potencial da pesca artesanal catarinense, terão acesso à ficha informativa de cada espécie analisada. O conteúdo será disponibilizado, à medida que as análises forem sendo concluídas pelos pesquisadores, no site lema.acad.univali.br. O acesso é gratuito.

 

Para o futuro, a equipe de estudiosos também cogita a produção de um livro, na versão digital ou imprensa, de receitas que tenham como base as espécies de peixes, moluscos e crustáceos analisados ao longo da realização do projeto. “A nossa ideia é que este projeto tenha continuidade e siga produzindo ciência e contribuindo para o fortalecimento da atividade pesqueira catarinense”, conta Perez.

 

Mais informações: No site lema.acad.univali.br.

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Atenciosamente,

Carina Carboni Sant’Ana

Gerência de Marketing e Comunicação

(47) 3341-7889




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