Intoxicações alimentares ou por água contaminada tornam-se mais comuns nessa época
O cuidado com a alimentação deve ser constante, porém no verão – quando aumentam as intoxicações alimentares ou por bebidas contaminadas – deve-se redobrar a atenção, principalmente com as crianças. Com o calor os alimentos estragam mais facilmente, proliferando microorganismos causadores de doenças, como a diarreia aguda. Por isso, é preciso ficar atento à higiene dos estabelecimentos e sempre lavar bem as mãos.
A diarreia de verão tem diferentes causas, entre elas vírus, bactérias e parasitas. Geralmente é transmitida através do consumo de bebidas ou alimentos contaminados, além da falta de cuidados com a higiene pessoal, contato com fezes de animais na areia da praia ou ainda no contato de pessoa para pessoa.
Para prevenir esse tipo de doença, a diretora da Vigilância Epidemiológica, Sandra Ávila, orienta a sempre verificar a limpeza dos estabelecimentos escolhidos para consumo, bem como a higiene dos funcionários e o armazenamento dos alimentos. “Na praia, prefira alimentos industrializados ou que tenham origem e data de validade. As frutas com casca são mais resistentes e duram mais tempo fora da geladeira”, reforça Sandra.
A diarreia infecciosa é muito rápida e líquida, além de vir acompanhada por dores fortes. Outros sintomas são dor abdominal, cólicas, náusea, vômito, febre e calafrios. Na maioria dos casos, a doença desaparece sozinha. No entanto, quando persistirem os sintomas ou surgirem sinais de desidratação (olhos secos e fundos, boca seca, diminuição do volume de urina e, em bebês, a moleira mais funda e choro sem lágrimas) é necessário procurar a unidade básica de saúde mais próxima para atendimento.
Em crianças menores de cinco anos a doença deve receber atenção extra dos pais – já os menores de dois anos precisam fazer a vacina contra o rotavírus. Outras recomendações são beber bastante água ou soro caseiro, repousar e evitar alimentos gordurosos ou fibrosos. Em 2017, de janeiro a novembro, foram registrados 64 casos de intoxicações causadas pelo rotavírus em Itajaí e 31 casos de diarreia aguda.
Previna-se
- Evite tomar banho em praias com água imprópria ou rios e córregos poluídos.
- Ferva a água da torneira por 30 minutos antes de consumir ou prefira água mineral ou filtrada.
- Só consuma alimentos em lugares onde a procedência é segura. Evite petiscos de ambulantes e de quiosques sem higiene adequada - repare se os profissionais usam luvas, toucas e também na forma como a louça é armazenada.
- Você pode levar seu lanche de casa, mas garanta que ele estará bem protegido e refrigerado.
- Cuidado com a ingestão de “raspadinhas”, “sacolés”, picolés artesanais, sucos e água de procedência desconhecida, pois eles podem ter sido preparados com água ou gelo contaminado e sem a higiene necessária.
- Lave as mãos com água limpa e sabão, principalmente após ir ao banheiro, antes de preparar a refeição ou se alimentar e depois do banho de mar. Lembre de higienizar os talheres na praia e sempre lave a latinha de cerveja ou de refrigerante antes de beber.
- Beba bastante água para evitar a desidratação.
Como fazer soro caseiro
Um copo de água, uma colher de café de sal e uma colher de sopa de açúcar. O soro dura, em média, 24 horas quando conservado na geladeira.
Notícia retirada do site da Prefeitura Municipal de Itajaí
Créditos foto: Marcos Porto
Notícias 24/01