arraste para o lado para ver mais fotos
Carlos Bordin - Coluna: Plano de Distribuição

Plano de Distribuição. 

Espaços em vagos nas prateleiras do mercado varejista, enquanto no centro de distribuição, vários produtos deveriam estar expostos nestas prateleiras, estão aguardando sua vez para serem enviados ao varejo. Este fato não parece justo com o mercado varejista, e muito menos com o consumidor final.

Para ser competitivo no mercado varejista precisa ter disponibilidade de estoque e, ao mesmo tempo, respeitar as limitações financeiras e de espaço de armazenagem no ponto de venda. Mas o que fazer para conciliar essas duas necessidades?

A resposta para desenvolver o conceito de DRP – Distribution Requirements Planning, também conhecido como Planejamento de Distribuição. A função do DRP é distribuir os produtos que estão armazenados no Centro de Distribuição (CD) da rede varejista e atacadista entre os seus pontos de venda. Para tanto, elabora-se, como, quando e quanto de cada item será enviado às unidades com base em alguns parâmetros, como média de vendas em cada uma das unidades, tempo em que o CD leva para realizar a separação do pedido e o envio da entrega, considerar a frequência de reposição e estoque de segurança de cada produto.

“Considerando variáveis como essas é possível dimensionar os níveis de estoque de cada produto para cada unidade. O DRP faz esse cálculo e elabora uma sugestão de reposição”, explica Leonardo Guerin, gerente de produto da NeoGrid.

Por exemplo, em uma rede de lojas de artigos esportivos que venda meias de uma marca específica. Considere também que um determinado estabelecimento comercialize 200 pares desse produto por mês e a frequência de reposição deve ser semanal, de forma a manter o estoque de segurança com a margem de 20 itens, e o tempo que o CD mais próximo leva para fazer as entregas nesse local é de dois dias. Combinando números como esses e considerando outras informações, como histórico de vendas e sazonalidade, por exemplo, o DRP será capaz de sugerir a quantidade e o momento adequados de meias que deverão ser enviada para a unidade.

Essa funcionalidade permite que haja sempre um equilíbrio entre consumo e armazenagem livrando o mercado varejista de problemas de ruptura, que gera perda de vendas e de clientes e excesso de mercadoria, assim, evitando a necessidade de fazer promoções e, com isso, reduzir sua margem de lucro. Ao contrário disso, o DRP gera aumento do nível de serviço pela disponibilidade contínua dos produtos, de vendas e de faturamento.

Outro benefício do DRP é a redução de estoques, que permite alocar o capital que estava empregado na armazenagem excessiva em ações mais rentáveis à empresa.

Depósitos cheios não garantem, necessariamente, que os clientes serão bem atendidos, e que ajustes corretos são capazes de melhorar a gestão de estoques como um todo. O DRP é mais um recurso altamente eficiente que veio para ajudar o varejista com o grande volume de produtos e informações que existem e são gerenciados.



Coluna anterior          /          Página inicial          /          Coluna seguinte




Diversos 25/01